Patologias

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma em cada quatro pessoas no mundo será afetada por distúrbios mentais ou neurológicos em algum momento de suas vidas. Cerca de 450 milhões de pessoas atualmente sofrem de tais condições, colocando os transtornos mentais entre as principais causas de prejuízo funcional e laboral em todo o mundo.

Os tratamentos estão disponíveis, mas quase dois terços das pessoas com alguma doença mental conhecida nunca buscam ajuda de um profissional de saúde. O estigma, a discriminação e a negligência impedem que os cuidados e o tratamento atinjam essas pessoas.

A doença psíquica não é uma falha pessoal. Na verdade, se houver uma falha, ela é encontrada na forma como respondemos e encaramos as pessoas com transtornos mentais.

A prevalência mundial segundo dados da OMS para depressão é de 35.4%, para transtornos ansiosos 44.2%, esquizofrenia 14.2%, bipolaridade 12.9% e transtornos alimentares 15.2%.

Esta seção sobre patologias do site tem os critérios diagnósticos de alguns dos transtornos mentais e visa aumentar a compreensão sobre tais doenças que causam tanto prejuízo profissional e nas relações interpessoais quanto sofrimento pessoal.

Caracteriza-se por:

(A) Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes: (1) Uso de transporte público. (2) Permanecer em espaços abertos. (3) Permanecer em locais fechados. (4) Permanecer em uma fila ou ficar no meio a uma multidão. (5) Sair de casa sozinho.

(B) O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores (i.e., medo de cair nos idosos, medo de incontinência).

(C) As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.

(D) As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou ansiedade.

(E) O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.

(F) O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física.

(B) Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo.

(C) Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se alternativamente por (A) ou (B):

(A) Evidências polissonográficas de pelo menos cinco apneias ou hipopneia obstrutivas por hora de sono e qualquer um entre os seguintes sintomas do sono: (1) Perturbações na respiração noturna: ronco, respiração difícil/ofegante ou pausas respiratórias durante o sono. (2) Sintomas como sonolência durante o dia, fadiga ou sono não reparador a despeito de oportunidades suficientes para dormir que não podem ser mais bem explicados por qualquer outro transtorno mental nem ser atribuídos a alguma condição médica geral.

(B) Evidências polissonográficas de 15 ou mais apneias e/ou hipopneias obstrutivas por hora de sono, independentemente da presença de sintomas.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: (1) Ingestão, em um período de tempo determinado, de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. (2) Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio.

(B) Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes, a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso.

(C) A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação para o ambiente).

(B) A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia.

(C) Perturbação adicional na cognição (i.e., déficit de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção).

(D) As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação, como no coma.

(E) Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de uma outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância, de exposição a uma toxina ou de que ela se deva a múltiplas etiologias.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês. Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3): (1) Delírios. (2) Alucinações. (3) Discurso desorganizado. (4) Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. (5) Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).

(B) Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais, ou autocuidado, está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou, quando o início se dá na infância ou na adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de funcionamento interpessoal, acadêmico ou profissional).

(C) Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período de seis meses deve incluir no mínimo um mês de sintomas que precisam satisfazer ao Critério A e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A presentes em uma forma atenuada. 

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (i.e., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).

Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se.

(B) O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.

(C) O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.

(D) O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto u situação específica e ao contexto sociocultural.

(E) O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Períodos recorrentes de necessidade de dormir, cair no sono ou cochilar em um mesmo dia. Esses períodos devem estar ocorrendo pelo menos três vezes por semana nos últimos três meses.

(B) Presença de pelo menos um entre os seguintes sintomas: (1) Em indivíduos com doença de longa duração, episódios breves de perda bilateral de tônus muscular, com manutenção da consciência, precipitados por risadas ou brincadeiras. (2) Em crianças ou em indivíduos dentro de seis meses a partir do início, episódios espontâneos de caretas ou abertura de mandíbula com projeção da língua ou hipotonia global, sem nenhum desencadeante óbvio. (3) Deficiência de hipocretina, medida usando os valores de imunorreatividade da hipocretina-1 no líquido cerebrospinal (LCS). Níveis baixos de hipocretina-1 no LCS não devem ser observados no contexto de inflamação, infecção ou lesão cerebral aguda. (4) Polissonografia do sono noturno demonstrando latência do sono REM inferior ou igual a 15 minutos ou teste de latência múltipla do sono demonstrando média de latência do sono inferior ou igual a 8 minutos e dois ou mais períodos de REM no início do sono.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Necessidade de movimentar as pernas, em geral acompanhada por, ou em resposta, a sensações desconfortáveis e desagradáveis nas pernas, que se caracteriza por todas as circunstâncias a seguir: (1) A necessidade de movimentar as pernas inicia-se e agrava-se durante períodos de repouso ou de inatividade. (2) A necessidade de movimentar as pernas é aliviada, completa ou parcialmente, pelo movimento. (3) A necessidade de movimentar as pernas é maior no fim da tarde ou durante a noite do que durante o dia ou ocorre somente no fim da tarde ou à noite.

(B) Os sintomas do Critério A ocorrem pelo menos três vezes por semana e persistiram durante no mínimo três meses.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences, independentemente do seu valor real.

(B) Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao sofrimento associado a descartá-los.

(C) A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação de itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete substancialmente o uso pretendido. Se as áreas de estar não estão obstruídas, é somente devido a intervenções de outras pessoas.

Especificar se:

Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças e os comportamentos relacionados à acumulação são problemáticos.

Com insight pobre: O indivíduo acredita de que as crenças e os comportamentos relacionados à acumulação não são problemáticos apesar das evidências em contrário.

Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças e os comportamentos relacionados à acumulação não são problemáticos apesar das evidências em contrário.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).

(B) O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

(C) A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas: (1) Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. (2) Fatigabilidade. (3) Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. (4) Irritabilidade. (5) Tensão muscular. (6) Perturbação no sono.

Nota: Apenas um item é exigido para crianças.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (i.e., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (i.e., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (i.e., proferir palestras).

Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos.

(B) O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente.

(C) As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.

Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais.

(D) As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.

(E) O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.

(F) O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio maníaco. O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos maiores.

Episódio Maníaco

(A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente a maior parte do dia, quase todos os dias.

(B) Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: (1) Autoestima inflada ou grandiosidade. (2) Redução da necessidade de sono. (3) Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. (4) Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão muito acelerados. (5) Distratibilidade, conforme relatado ou observado. (6) Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora. (7) Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas.

(C) A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a sim mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas.

Episódio Hipomaníaco

(A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente a maior parte do dia, quase todos os dias.

(B) Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: (1) Autoestima inflada ou grandiosidade. (2) Redução da necessidade de sono. (3) Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. (4) Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão muito acelerados. (5) Distratibilidade, conforme relatado ou observado. (6) Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora. (7) Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas.

(C) O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático.

(D) A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas.

(E) O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.

Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de diátese bipolar.

Episódio Depressivo Maior

(A) Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda do interesse ou prazer. (1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. (2) Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias. (3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta, ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. (5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. (6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. (7) Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. (8) Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias. (9) Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Nota: Respostas a uma perda significativa podem incluir sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, deve ser também cuidadosamente considerada. Essa decisão exige inevitavelmente exercício do juízo clínico, baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão do sofrimento no contexto de uma perda.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Para diagnosticar transtorno bipolar tipo II, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio hipomaníaco atual ou anterior e os critérios a seguir para um episódio depressivo maior atual ou anterior:

Episódio Hipomaníaco

(A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente a maior parte do dia, quase todos os dias.

(B) Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: (1) Autoestima inflada ou grandiosidade. (2) Redução da necessidade de sono. (3) Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. (4) Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão muito acelerados. (5) Distratibilidade, conforme relatado ou observado. (6) Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora. (7) Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas.

(C) O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático.

(D) A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas.

(E) O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.

Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de diátese bipolar.

Episódio Depressivo Maior

(A) Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda do interesse ou prazer. (1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. (2) Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias. (3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta, ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. (5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. (6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. (7) Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. (8) Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias. (9) Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Nota: Respostas a uma perda significativa podem incluir sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, deve ser também cuidadosamente considerada. Essa decisão exige inevitavelmente exercício do juízo clínico, baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão do sofrimento no contexto de uma perda.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se:

(A) Por pelo menos dois anos, presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior.

(B) Durante o período antes citado de dois anos, os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos.

(C) Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais.

(B) O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido.

(C) Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, o funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento não é claramente bizarro ou esquisito.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda do interesse ou prazer. (1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. (2) Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias. (3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta, ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. (5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. (6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. (7) Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. (8) Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias. (9) Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Nota: Respostas a uma perda significativa podem incluir sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, deve ser também cuidadosamente considerada. Essa decisão exige inevitavelmente exercício do juízo clínico, baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão do sofrimento no contexto de uma perda.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias pelo período mínimo de dois anos.

(B) Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: (1) Apetite diminuído ou alimentação em excesso. (2) Insônia ou hipersonia. (3) Baixa energia ou fadiga. (4) Baixa autoestima. (5) Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. (6) Sentimentos de desesperança.

(C) Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses.

(D) Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos. 

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Episódios recorrentes de despertares incompletos, em geral ocorrendo durante o primeiro terço do episódio de sono principal, acompanhados de uma entre as seguintes alternativas: (1) Sonambulismo: Episódios repetidos de levantar-se da cama durante o sono e deambular. Durante o sonambulismo, o indivíduo se apresenta com o olhar fixo e o rosto vazio, praticamente não responde aos esforços de comunicação por parte de outras pessoas e pode ser acordado apenas com muita dificuldade. (2) Terrores no sono: Em geral, episódios recorrentes de despertares com sinais de estimulação autonômica, como midríase, taquicardia, respiração rápida e sudorese durante cada episódio. Há relativa ausência de resposta aos esforços de outras pessoas para confrontar o indivíduo durante os episódios.

(B) Há pouca ou nenhuma lembrança de imagens oníricas.

(C) Presença de amnésia em relação ao episódio.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os outros.

(B) Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou comportamentos repetitivos (i.e., verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilização) ou atos mentais (i.e., comparando sua aparência com a de outros) em resposta às preocupações com a aparência.

Especificar se:

Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno dismórfico corporal são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.

Com insight pobre: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno dismórfico corporal são provavelmente verdadeiras.

Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno dismórfico corporal são verdadeiras.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Um período ininterrupto de doença durante o qual há um episódio depressivo maior ou maníaco concomitante com o Critério A da esquizofrenia.

(B) Delírios ou alucinações por duas semanas ou mais na ausência de episódio depressivo maior ou maníaco durante a duração da doença ao longo da vida.

(C) Os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor estão presentes na maior parte da duração total das fases ativa e residual da doença.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês. Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3): (1) Delírios. (2) Alucinações. (3) Discurso desorganizado. (4) Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. (5) Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).

(B) Um episódio do transtorno que dura pelo menos um mês, mas menos do que seis meses. 

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Nota: Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e crianças acima de 6 anos de idade.

(A) Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas: (1) Vivenciar diretamente o evento traumático. (2) Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas. (3) Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental. (4) Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aaversivos do evento traumático.

Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao trabalho.

(B) Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência: (1) Lembranças angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático. (2) Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático. (3) Reações dissociativas (i.e., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (4) Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhe a algum aspecto do evento traumático. (5) Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

(C) Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos: (1) Evitação ou esforços para evitar recordações pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao vento traumático. (2) Evitação ou esforços para evitar lembranças externas que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.

(D) Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos: (1) Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático. (2) Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo. (3) Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar a sim mesmo ou os outros. (4) Estando emocional negativo persistente. (5) Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas. (6) Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros. (7) Incapacidade persistente de sentir emoções positivas.

(E) Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos: (1) Comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos. (2) Comportamento imprudente ou autodestrutivo. (3) Hipervigilância. (4) Resposta de sobressalto exagerada. (5) Problemas de concentração. (6) Perturbação do sono.

(F) A perturbação (Critérios B, C, D e E) duram mais de um mês.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Evidências de declínio cognitivo a partir de nível anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor ou cognição social), com base em: (1) Preocupação do indivíduo, de um informante com conhecimento ou do clínico de que há declínio na função cognitiva; e (2) Prejuízo no desempenho cognitivo, de preferência documentado por teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta, por outra investigação clínica quantificada.

(B) Os déficits cognitivos interferem na independência em atividades da vida diária.

(C) Os déficits cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de delirium.

(D) Os déficits cognitivos não são mais bem explicados por outro transtorno mental.

Subtipos: Doença de Alzheimer, Degeneração lobar frontotemporal, Doença com corpos de Lewy, Doença vascular, Lesão cerebral traumática, Uso de substância/medicamento, Infecção por HIV, Doença do príon, Doença de Parkinson e Doença de Huntington.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Presença de obsessões, compulsões ou ambas:

Obsessões são definidas por (1) e (2): (1) Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento. (2) O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação.

As compulsões são definidas por (1) e (2): (1) Comportamentos repetitivos (i.e., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (i.e., orar, contar ou repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas. (2) Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.

Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar os objetivos desses comportamentos ou atos mentais.

(B) As obsessões ou compulsões tomam tempo (i.e., tomam mais de uma hora por dia).

Especificar se:

Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.

Com insight pobre: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente verdadeiras.

Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são verdadeiras.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: (1) Palpitações, coração acelerado, taquicardia. (2) Sudorese. (3) Tremores ou abalos. (4) Sensações de falta de ar ou sufocamento. (5) Sensações de asfixia. (6) Dor ou desconforto torácico. (7) Náusea ou desconforto abdominal. (8) Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. (9) Calafrios ou ondas de calor. (10) Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). (11) Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). (12) Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. (13) Medo de morrer.

Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.

(B) Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: (1) Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências. (2) Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (i.e., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: (1) Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a sim mesmo, outras pessoas ou eventos). (2) Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional). (3) Funcionamento interpessoal. (4) Controle de impulsos.

(B) O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e sociais.

(C) O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

(D) O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta.

(E) O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental.

(F) O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3): (1) Delírios. (2) Alucinações. (3) Discurso desorganizado. (4) Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

(B) A duração de um episódio da perturbação é de, pelo menos, um dia, mas inferior a um mês, com eventual retorno completo a um nível de funcionamento pré-mórbido.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Um padrão problemático de uso de drogas, levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:

1. A droga é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido.

2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da droga.

3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da droga, na utilização da droga ou na recuperação de seus efeitos.

4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar droga.

5. Uso recorrente de droga, resultando no fracasso em desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em casa.

6. Uso continuado de droga, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos.

7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de droga.

8. Uso recorrente de droga em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física.

9. O uso de droga é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela droga.

10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos: (a) Necessidade de quantidades progressivamente maiores de droga para alcançar a intoxicação ou efeito desejado. (b) Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade de droga.

11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos: (a) Síndrome de abstinência característica da droga utilizada. (b) A droga (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.

Especificar se:

Em remissão inicial: Após todos os critérios para transtorno por uso de drogas terem sido preenchidos anteriormente, nenhum dos critérios por uso da droga foi preenchido durante um período mínimo de três meses, porém inferior a 12 meses (com exceção de que o Critério A4, “Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar droga”, ainda pode ocorrer).

Em remissão sustentada: Após todos os critérios para transtorno por uso de drogas terem sido preenchidos anteriormente, nenhum dos critérios para transtorno por uso de drogas foi satisfeito em qualquer momento durante um período igual ou superior a 12 meses (com exceção de que o Critério A4, “Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar droga”, ainda pode ocorrer).

Especificar a gravidade atual:

Leve: Presença de 2 ou 3 sintomas.

Moderada: Presença de 4 ou 5 sintomas.

Grave: Presença de 6 ou mais sintomas.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

Caracteriza-se por:

(A) Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo.

(B) Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar o cabelo.

Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)